O Grêmio vive momentos complicados.
Complicados é um eufemismo, porque tem gente que queira adjetivar de forma mais dura.
O Grêmio, que entrou em campo e perdeu para o Sport em uma partida com Thiago Neves titular. E depois, com detalhes do contrato revelados ao público, o Grêmio teve seu presidente demitindo o atleta. Criando duas preocupantes dúvidas em nós torcedores: Será que o presidente não sabia do contrato que assinou? Será que o Grêmio julga esse sendo o único problema do clube?
Logo após fomos tomados por uma euforia insana de ter o centroavante uruguaio Cavani vestindo a camisa tricolor. Somos torcedores, somos passionais e somos irracionais. Muitos sabem ser praticamente impossível que o milagre ocorra, mas deixam-se iludir pela ideia apenas para ter no coração a esperança de tempos melhores.
A situação gremista é tão particular, a realidade é tão desanimadora, que preferimos acreditar no impossível. Porque só assim para fazer a realidade ser menos dura.
Sem Cavani e nem Thiago Neves, enfrentamos o Atlético Goianiense.
Sem organização e sem futebol, levamos gol. Com um brilho de genialidade é que fizemos um gol. Isaque não é Cavani, mas é nosso. Matheus Henrique, que está sendo criticado, é nosso. Jean Pyerre, que vem sofrendo com perseguições, também é nosso.
Nosso caminho deveria ser pavimentado pensando no nosso futuro e nosso futuro é a base.
Nem Cavani ajudaria o Grêmio neste momento. Nosso milagre não seria capaz de fazer milagres para arrumar os problemas táticos que o Grêmio vem apresentando. Cavani não traria o futebol bonito e eficiente esquecido pelos jogadores e técnico. A bola não deixaria de ser rifada, as linhas defensivas não ficariam magicamente organizadas…
Mesmo Cavani precisaria de um time para jogar. E o Grêmio pode parecer tudo, mas neste momento não se comporta como time.
Fane Webber
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