Mesa de Bar do Grêmio – 10 anos

Não é todo o dia que alguém que mantém um projeto por 10 anos. São 10 anos, não são 10 programas. São 10 anos de um programa mais ou menos semanal.

Parem e pensem um momento enquanto leem o texto: onde vocês estavam há 10 anos? Quem vocês eram há 10 anos? Que tipo de piada contavam, que cabelo tinham, onde iam, com quem iam? 

Em 2011, entre chutes e ponta-pés, surgiu o MESA DE BAR DO GRÊMIO! Um programa despretensioso, criado a partir da ideia “gremistas para gremistas”, e sem intenção de ser mais do que é, um programa onde o torcedor – eu, vocês e todos nós – podemos expressar nossos sentimentos, nossas alegrias e nossas frustrações sobre o time do coração. 

Era o auge do Twitter, nem existia whatsapp, ainda se conversava pelo gtalk e as arquibancadas do Velho Casarão trepidavam ao som da Geral. Vivíamos uma era sem títulos, sem ídolos, mas onde nosso amor, nossa paixão incansável pelo TRICOLOR nos guiava como guia até hoje. Num pequeno bar na Lima e Silva, o saudoso Beverly Hills, nos reuníamos às segundas-feiras para beber e falar sobre o Grêmio. Em volta de um computador, usando um microfone barato, tomando cerveja, ríamos, corneteávamos e trazíamos soluções e críticas para o mundo e principalmente para o GRÊMIO! Lembro até hoje da primeira vez que fui: “é só invadir!”. 

Com o tempo a mesa do bar encheu, chegamos a ter programas de duras horas de duração, quase 20 pessoas, amigos! Virou um fenômeno, ao menos para nós! Não existia um lugar melhor para se estar do que no Mesa de Bar do GRÊMIO! 

Mas o tempo é implacável, e na vida a única constante é a mudança. Trocamos de bar, diminuíram as pessoas presentes, o programa ficou um pouco mais profissional, trocaram integrantes, alguns saíram, outros chegaram, alguns se ausentaram e retornaram. Os programas ficaram fora do ar por um tempo. É a vida, dissemos. Mas rapidamente descobrimos que não era possível não haver Mesa de Bar, não podíamos mais abrir mão, seja pelos nossos ouvintes, seja por nós mesmos, seja pela história que construímos. Demos um jeito, virou remoto, gravamos drops, trocamos de bar, tivemos novos parceiros, criamos uma forma de apoio, surgiram os padrinhos, vieram ideias, tentamos e conseguimos e falhamos, mas seguimos. 

Durante esse tempo assistimos o nascimento e o ocaso de muitos outros projetos, tão bons ou até melhores, mas nós tínhamos uma certeza: faremos o que sabemos fazer, da forma que sabemos fazer, sem projetos grandiosos, porém contínuos. Somos torcedores e assim seguiremos sendo! 

Hoje o Mesa de Bar do GRÊMIO está aí, fazendo 10 anos de vida.

Não citarei todos os integrantes que já estiveram conosco, pois eu poderia esquecer alguém, e isso, isso seria imperdoável. O projeto hoje, somos eu, Fane Webber, Gabriel Pinto e Rodrigo Azevedo.

Falando de mim agora, sempre me considerei como um “centro-avante” do projeto, alguém que acrescenta um toque diferente, que sabe algo a mais por vivências, algum texto mais emotivo e falas contundentes, não que seja verdade, longe de mim achar que sou ou fui a estrela do programa, mas me considero uma peça importante, porém não fundamental, e só funciono porque alguém faz todo o resto. O time funciona graças ao trabalho árduo dos outros três. Organizar a pauta, fazer arte, pensar em projetos, correr atrás de equipamento, editar o programa (apagando falas que renderiam muita dor de cabeça), ver dias e local para gravar… O trabalho é interminável. Eu sei que para quem escuta ou lê parece tudo um pouco aleatório, um grupo de torcedores dizendo o que acha e deu. Informo, usando a máxima do rock’n’roll: para parecer que é sem ensaio, é preciso ensaiar muito!

Então, caro leitor, ouvinte, torcedor, pode ser que não sejamos o melhor programa, pode ser que não seja do jeito perfeito, pode ser que tu não goste da gente ou da nossa opinião, mas segunda-feira que vem estaremos ali… há 10 anos!

Bom dia, boa tarde, boa noite!


Anderson Kegler


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